A clavícula é um osso longo situado na região anterior do ombro que conecta o esqueleto do membro superior com o esqueleto axial. Por ter pouca cobertura das camadas gordurosas ou muscular é um osso superficial, sendo facilmente visualizado e palpado. Por estes motivos fica mais exposto aos traumas e, portanto, às fraturas. De fato, a clavícula é o osso do corpo humano mais comumente fraturado, principalmente na infância, correspondendo aproximadamente a 16% de todas as fraturas do corpo e 35% na região do ombro.
As fraturas na clavícula podem ocorrer no recém-nascido durante o parto, principalmente nos casos de “parto difícil” em que o obstetra realiza manobras que necessitam tração do ombro, podendo ocorrer fraturas. Geralmente são fraturas benignas que consolidam rapidamente sem maiores problemas.
Outro mecanismo das fraturas é o trauma direto na região anterior do ombro, como por exemplo um chute ou golpe nas artes marciais, ou também por trauma indireto, como nas quedas com a mão espalmada ou caindo com a parte lateral do ombro contra o solo.
Quando ocorre a fratura, os sinais e sintomas são: inchaço (edema), dor, sensação de “crepitações” na parte anterior do ombro e dificuldade de movimentar o membro superior. Apesar desta incapacidade, a sensibilidade e movimentos do cotovelo e mão devem estar preservados, exceto quando a lesão é mais grave, com envolvimento da circulação e/ou nervos que passam sob a clavícula. O tratamento da fratura deve ser iniciado o mais breve possível, sendo diferente para cada caso, conforme a idade e tipo de fratura. O objetivo é obter a consolidação óssea através da formação do “calo ósseo”, que ocorre quando mantemos o osso imobilizado.