Antes da seletiva de natação para as Olimpíadas de Paris, o nadador e medalhista olímpico Bruno Fratus decidiu não disputar os Jogos. O atleta revelou que o tempo de treino foi comprometido por lesões, cirurgias e fisioterapia nos últimos 18 meses. Desde o Mundial de Esportes Aquáticos em 2022, Bruno passou por quatro cirurgias, incluindo uma no ombro esquerdo.
A natação é tida como esporte completo, ao combinar toda a força, flexibilidade e resistência do corpo. Problemas nos ombros são frequentes entre os nadadores, inclusive, uma das lesões mais comuns é a síndrome do impacto do ombro ou tendinite do manguito rotador, conhecida popularmente como “ombro do nadador” e que ocorre devido à inflamação ou irritação dos tendões e tecidos ao redor da articulação do ombro.
Durante o nado, especialmente em estilos como crawl e borboleta, os movimentos repetidos dos braços, além da sobrecarga, podem causar atrito e compressão dos tendões, especialmente do manguito rotador e bíceps (sua porção longa), em contato com o osso denominado acrômio, na parte superior da escápula. “É necessário atentar-se à execução da braçada, sobrecarga muscular por movimentos repetidos e à falta de fortalecimento e alongamento muscular. Esses fatores podem ocasionar lesões por sobrecarga e repetição”, explica o ortopedista e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos.
Quando o atleta tem alguma queixa no ombro (dor, instabilidade ou sensações de formigamento), é necessário a avaliação pelo especialista. O tratamento geralmente é conservador, com fisioterapia, medicação e ajuste da técnica.
O presidente da SBCOC salienta que treinar com dor pode ser potencialmente prejudicial. “A dor é um sinal de alerta para possibilidade de lesão e continuar treinando com sintomas pode piorar a situação, ou ocasionar lesões mais graves”, ressalta. “O ideal é procurar um especialista o quanto antes para o diagnóstico, orientação e tratamentos adequados”, completa.
Prevenção
Para prevenir lesões, é recomendado treinos de fortalecimento muscular, para manter músculos fortes e equilibrados, além dos alongamentos regulares para manter a flexibilidade e, assim, evitar lesões.
“O quadro clássico do “ombro do nadador” é uma condição tratável, mas principalmente evitável quando são tomados os cuidados apropriados de prevenção”, finaliza.
Crédito da foto: Divulgação/Freepik
O “ombro do nadador “é a lesão mais comum da modalidade esportiva
Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo é uma associação científica de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída por médicos interessados no estudo das afecções ortopédico-traumáticas das articulações do ombro e cotovelo.
Com mais de três décadas de atuação, a SBCOC atua no incentivo e aperfeiçoamento e difusão dos estudos, conhecimentos, pesquisas e prática de cirurgia de ombro e cotovelo, provendo condições de atualização permanente dos médicos por meio de ensino, pesquisa e educação continuada.
Assessoria de Imprensa
Predicado Comunicação
Lilian Rossetti – lilian@predicado.com.br (11) 94470-6660 WhatsApp
Carolina Santaro – carolina.santaro@predicado.com.br (11) 94470-6660
Vanessa de Oliveira – vanessa@predicado.com.br (11) 97529-0140 WhatsApp
Carolina Fagnani – carolina@predicado.com.br (11) 99144-5585 WhatsApp |