A desinformação ainda é uma das maiores barreiras para o tratamento adequado das lesões musculoesqueléticas. Quando se trata do ombro e do cotovelo, regiões que estão entre as mais afetadas por traumas e sobrecargas, mitos e crenças populares podem atrasar o diagnóstico e até agravar o quadro clínico. A SBCOC (Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo) alerta para a importância de buscar orientação médica e desconstruir informações incorretas que circulam entre pacientes.

Um dos equívocos mais comuns é acreditar que, quando o ombro “sai do lugar”, basta recolocá-lo de volta. Essa prática, além de perigosa, pode causar novas lesões, como danos ao labrum glenoidal, cartilagem e estruturas adjacentes. A redução da luxação deve ser realizada apenas por um profissional qualificado, com avaliação clínica e exames de imagem para identificar possíveis comprometimentos articulares.

Outro mito frequente é associar toda dor no ombro diretamente à articulação. A realidade é que a origem da dor pode estar em músculos, tendões ou até na coluna cervical, e o diagnóstico incorreto pode levar a tratamentos ineficazes. Já em casos de lesão no cotovelo, a falta de fisioterapia é outro erro grave. O processo de reabilitação fisioterapêutica é essencial para restaurar força, amplitude de movimento e prevenir recidivas.

A informação correta é o primeiro passo para uma recuperação segura e eficaz. Consultar um ortopedista de ombro e cotovelo permite identificar a causa real da dor e definir o melhor plano terapêutico.

A SBCOC reforça seu compromisso com a ortopedia baseada em evidências, promovendo educação e conscientização para que pacientes tenham acesso a tratamentos de qualidade, seguros e fundamentados na ciência.