Para entender a lesão do bíceps distal é importante conhecer o músculo bíceps. O bíceps é um músculo que tem origem em dois locais no ombro, com dois tendões separados. Esses tendões se unem no braço formando um tendão único que passa por dentro do cotovelo e é nesta região , conhecida como bíceps distal, que ocorre a lesão.

A lesão do bíceps distal não é comum, envolvendo apenas 3% de todas as lesões de tendões do bíceps. Ela acomete principalmente homens ativos de meia-idade e devido a algum esforço causado por uma carga excessiva ao antebraço com o cotovelo dobrado e a palma da mão voltada para cima (supinado).

A lesão do bíceps distal geralmente acontece quando o paciente força o tendão ao levantar um objeto muito pesado, na academia fazendo exercícios de braço ou em movimentos de bruscos ou de força de resistência como em lutas e cross-fit.

Segundo o estudo publicado pela RBO: Reconstrução do tendão distal do bíceps com enxerto de semitendíneo: descrição da técnica, a tendinopatia degenerativa e algumas doenças endócrinas também são implicadas no aparecimento dessa patologia e os principais fatores de risco são: uso de anabolizantes, levantamento de peso e tabagismo.

Diagnóstico e tratamento

No momento em que ocorre a lesão é comum os pacientes relatarem uma sensação de estalido, um rasgo na parte anterior do cotovelo durante o movimento. Na sequência é sentida dor no local, inchaço e surgimento de edemas no cotovelo ou antebraço. O paciente também pode sentir fraqueza e limitação nos movimentos do cotovelo.

O tratamento busca entender a necessidade de cada paciente, sendo indicado o tratamento cirúrgico em pacientes jovens e ativos, mantendo o tratamento não cirúrgico aos pacientes idosos, de baixa de demanda ou que apresentem doenças que impeçam a cirurgia.

O tratamento cirúrgico busca a reinserção do tendão. A técnica aplicada irá depender do tipo de lesão e em alguns casos, quando a cirurgia não é feita na fase aguda (recente), pode ser necessário o uso de enxerto para a reconstrução do tendão.

Pós-operatório e recuperação

O pós-operatório irá depender de cada caso e nível da lesão. Mas geralmente o braço fica imobilizado por 1 a 4 semanas (depende da técnica usada e fase da cirurgia realizada). Após este período, são iniciados movimentos passivos de flexão e extensão do cotovelo. Após 6 semanas os movimentos são liberados e após 3 meses inicia-se o trabalho de fortalecimento. A retomada aos esportes acontece geralmente após 6 meses.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC) congrega médicos cirurgiões de Ombro e Cotovelo. Para se consultar com um médico filiado à SBCOC, faça a sua busca aqui pelo site em Localize um médico Cirurgião de Ombro e Cotovelo.

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