A Diabetes é uma doença que, segundo o Ministério da Saúde, atinge aproximadamente 12,3 milhões de brasileiros. As complicações da doença são diversas e, entre elas, está o risco de uma condição conhecida popularmente como “ombro congelado” ou capsulite adesiva, na nomenclatura médica.
Segundo o presidente da SBCOC, Luis Alfredo Gomez, o “ombro congelado” consiste em inflamação e contratura da cápsula articular do ombro, resultando em progressiva rigidez articular, com grande perda dos movimentos locais. Estudos apontaram uma relação entre ambos os tipos de diabetes e esse problema no ombro, e os cientistas acreditam que possa ter alguma relação com o excesso de glicose acumulado nessa região do corpo, o que faz com que as fibras de colágeno fiquem “coladas”, restringindo os movimentos.
A evolução do “ombro congelado” pode ser dividida em três fases. Inicialmente, o principal sintoma é a dor forte, que piora com movimentação. Na segunda fase, a de congelamento, ocorre diminuição progressiva dos movimentos e a rigidez torna-se mais incômoda que a dor. Já no terceiro estágio, o ombro vai progressivamente retornando ao seu normal.
Na fase inicial, o tratamento indicado é o uso de anti-inflamatórios para alívio da dor e reduzir a inflamação. “A fisioterapia nesta etapa pode diminuir os impactos da fase do congelamento. A cirurgia só é indicada quando os demais tratamentos não tiveram êxito. Por isso, para um diagnóstico e cuidado correto, é essencial procurar um especialista”, salienta. Além disso, é fundamental frisar: o controle do açúcar no sangue é um passo importante para conter essa condição.