Apoiá-lo pode parecer inofensivo, mas sobrecarrega o corpo de forma silenciosa, alerta Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC)
Apoiar-se sobre os cotovelos durante atividades como trabalhar no computador, estudar ou até mesmo descansar pode parecer um gesto inocente e até natural em certos momentos de cansaço ou distração. No entanto, segundo especialistas, esse hábito repetitivo, quando mantido por longos períodos, pode trazer consequências indesejadas com o passar do tempo.
A repetição desse comportamento pode gerar desconfortos, comprometer a postura e afetar o bem-estar geral durante a execução de tarefas cotidianas. Pequenos hábitos, quando negligenciados, têm o potencial de se acumular e impactar negativamente a rotina, por isso é importante estar atento à forma como usamos o corpo no dia a dia e buscar posturas mais adequadas e equilibradas.
Entre os problemas mais frequentes estão a síndrome do túnel cubital, a bursite do olécrano e quadros de lesão por esforço repetitivo.
“A região do cotovelo é uma área de passagem de estruturas delicadas, como o nervo ulnar, que é responsável pela sensibilidade do quarto e quinto dedos da mão. A pressão prolongada nessa região pode levar a dormência, formigamento e, em casos mais graves, à perda de força e atrofia muscular”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Dr. Marcelo Campos.
Outro problema comum é a inflamação da bursa, uma pequena bolsa que funciona como amortecedor entre os ossos e os tecidos moles do cotovelo.
“A bursite do olécrano é uma condição dolorosa e muitas vezes invisível até se agravar. Ela pode surgir justamente pelo apoio constante dos cotovelos em superfícies rígidas, causando dor, inchaço e limitação de movimentos”, completa o médico.
Em setembro do ano passado, o ator Joaquim Lopes foi internado para passar por uma cirurgia após ter contraído uma bactéria que se alojou em um machucado do cotovelo e evoluiu tornando-se uma bursite olecraniana infectada. De acordo com relato feito em uma rede social, ele não se lembra como se machucou.
O tratamento dessas condições varia conforme a gravidade, mas geralmente inclui fisioterapia, mudança de hábitos e, em alguns casos, cirurgia.
“A primeira etapa do tratamento é sempre conservadora, com uso de anti-inflamatórios, imobilização temporária e correção postural. Em situações crônicas, pode ser necessário descompressão cirúrgica caso o modo conservador não tenha efeito”, finaliza.
Para evitar esses quadros, o médico recomenda mudanças simples no dia a dia, como ajustar a ergonomia do ambiente de trabalho, evitar apoiar diretamente os cotovelos sobre superfícies duras e fazer pausas regulares durante atividades prolongadas.
Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC)
A Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo é uma associação científica de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída por médicos interessados no estudo das afecções ortopédico-traumáticas das articulações do ombro e cotovelo.
Com 36 anos de existência, a SBCOC atua no incentivo e aperfeiçoamento e difusão dos estudos, conhecimentos, pesquisas e prática de cirurgia de ombro e cotovelo, provendo condições de atualização permanente dos médicos por meio de ensino, pesquisa e educação continuada.
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