Aumento desse modal nas rodovias eleva preocupação; especialista da SBCOC fala sobre lesão mais comum

Com a crescente preocupação da sociedade com o meio ambiente, a mobilidade urbana sustentável é conceito que tem ganhado cada vez mais destaque e, nesse sentido, a bicicleta vem conquistando maior espaço dia a dia. O aumento do movimento de bicicletas nas rodovias e estradas federais, por exemplo, tem elevado a preocupação com a segurança dos ciclistas. Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que, em 2021, foram registrados 1.930 acidentes envolvendo bicicleta, com 208 mortes. Neste ano, já foram contabilizados 1.251 acidentes e 137 óbitos. Nos últimos quatro anos, foram 7.106 acidentes e 790 pessoas perderam a vida.

Quando a ocorrência é de forma mais branda, uma das principais lesões é a fratura da clavícula. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Dr. Luis Alfredo Gomez, explica que a ausência da cobertura muscular adequada abaixo da pele e a posição que ocupa no ombro, como conexão óssea entre o tronco e o membro superior, torna a clavícula vulnerável a lesões traumáticas.

Segundo o especialista, a fratura da clavícula demora de 12 a 16 semanas para consolidar ou “colar”. “Algumas pessoas podem ter um tempo de recuperação maior por retardo de consolidação, que ocorre quando há um atraso no tempo para a fratura ‘colar’, chamado de pseudoartrose”, fala o presidente da SBCOC. “Fraturas da clavícula com mais de seis meses de evolução e sem sinais de consolidação podem estar em pseudoartrose e, geralmente, precisam de tratamento cirúrgico”, completa.

Após o trauma, a pessoa costuma sentir dores e um aumento de volume sobre a clavícula. “É necessário procurar um especialista do ombro para o diagnóstico adequado, que só pode ser realizado com radiografia”, ressalta Dr. Luis, acrescentando que evitar ir ao médico depois de um impacto pode gerar mais problemas no membro superior.

Para evitar acidentes, alguns cuidados são fundamentais. “É essencial utilizar equipamentos de segurança, como capacete e adesivos refletivos e jamais trafegar pela pista, em que a velocidade dos demais veículos é muito superior, além de não usar fones de ouvido e manter-se sempre atento ao fluxo de veículos”, conclui.

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