Impulsionadas por iniciativas de popularização, como o atual fenômeno João Fonseca, muitas pessoas buscam aprender a modalidade; SBCOC dá orientações
Nos últimos anos, o tênis no Brasil tem experimentado um crescimento em termos de visibilidade e desempenho internacional, especialmente com o aumento do número de jovens jogadores que se destacam em competições, como por exemplo, João Fonseca, atual fenômeno da modalidade no país. O tenista, de 18 anos, fez história ao se tornar o mais jovem brasileiro a vencer uma partida de Grand Slam, consolidando-se como um dos maiores talentos no esporte.
Recentemente, em entrevista coletiva, João Fonseca contou que tem como ídolo o também tenista Roger Federer e que, um dia, ao tentar fazer uma jogada igual à do atleta, sofreu uma lesão. “Acho que todo mundo queria jogar como ele. Eu até tentei quando era jovem. A esquerda (backhand) de uma mão (uma das principais características de Federer). Eu tentei por uma semana. E tive problemas no meu cotovelo. Então, eu disse: ‘Esquece. Vou voltar para as duas mãos’. Mas sim, ele é um ídolo para mim e me inspira”, declarou.
Lesões no cotovelo de tenistas não são limitadas a tentativas de imitar jogadas de ídolos, como o exemplo de Fonseca. Essas áreas do corpo são comumente afetadas no tênis devido às exigências físicas do esporte, como o movimento repetitivo de golpes, os impactos nas articulações e o esforço constante em grandes intensidades, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Dr. Marcelo Costa de Oliveira Campos.
“O cotovelo, em especial, sofre com lesões como a epicondilite lateral, também conhecida como ‘cotovelo de tenista’. A condição é caracterizada pela inflamação dos tendões que se fixam no epicôndilo lateral do úmero, que é a parte externa do cotovelo. A principal causa é o esforço repetido de flexão e extensão do cotovelo, como ocorre durante os golpes de forehand e backhand”, fala.
O principal sintoma é dor intensa e constante na parte externa do cotovelo, que pode irradiar para o antebraço. “A sensação de fraqueza ao tentar realizar atividades que envolvem o uso do braço, como apertar a mão ou levantar objetos, também é comum. Além disso, a região ao redor do epicôndilo lateral fica sensível ao toque, e o movimento do cotovelo pode ser limitado devido à dor”, pontua o presidente da SBCOC.
O cirurgião lembra que o ‘cotovelo de tenista’ é uma lesão comum, mas tratável, e com as abordagens corretas, os atletas podem retornar ao esporte sem comprometer sua saúde a longo prazo.
E para quem vai iniciar no tênis agora?
A popularização do esporte, com o desempenho de atletas brasileiros em competições internacionais, inspira uma nova geração de praticantes, que buscam escolas e academias para aprender e desenvolver habilidades. Além de trabalhar diversos grupos musculares, ajudando a tonificar e fortalecer o corpo de maneira equilibrada, o tênis auxilia na melhora da flexibilidade e da coordenação motora, promovendo maior agilidade e equilíbrio, e, ainda, reduz os níveis de estresse, melhora o humor e aumentara sensação de bem-estar, já que o exercício físico libera endorfina, o hormônio da felicidade. A execução, porém, precisa ser feita com cuidado, para evitar lesões.
“Primeiro, é importante aprender a forma correta de executar os golpes, principalmente o backhand e o saque, para evitar sobrecarregar as articulações. Movimentos bruscos e excessivamente fortes podem forçar o cotovelo e o ombro, causando problemas”, diz Campos.
A escolha do equipamento adequado, como uma raquete com peso e tensão de cordas ajustados ao seu estilo de jogo, também é importante para minimizar o impacto nas articulações.
Outro ponto importante é fazer um aquecimento antes de cada treino, para preparar os músculos e articulações para o esforço físico. “E mais um ponto fundamental: respeite os limites do corpo. Não exagere nos treinos logo no início, permitindo tempo para recuperação e evitando o risco de lesões por sobrecarga”, conclui.
Crédito da foto: Divulgação/Freepik
A popularização do tênis, com o desempenho de atletas brasileiros em competições internacionais, inspira uma nova geração de praticantes
Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo
A Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo é uma associação científica de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída por médicos interessados no estudo das afecções ortopédico-traumáticas das articulações do ombro e cotovelo.
Com 36 anos de existência, a SBCOC atua no incentivo e aperfeiçoamento e difusão dos estudos, conhecimentos, pesquisas e prática de cirurgia de ombro e cotovelo, provendo condições de atualização permanente dos médicos por meio de ensino, pesquisa e educação continuada.
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