Modalidade tem ganhado cada vez mais adeptos, parte impulsionada pelos Jogos Olímpicos; cotovelo e ombros exigem cuidado na prática, lembra SBCOC
O desempenho de skatistas brasileiros em diversas competições mundiais, como os Jogos Olímpicos (cuja próxima edição inicia em 26 de julho), tem popularizado o skate cada vez mais no Brasil e atraído fãs e adeptos. De acordo com uma pesquisa da 213 Sports feita pelo Ibope Repucom, divulgada em novembro do ano passado, o país ganhou 20 milhões de fãs de skate desde 2019. Os dados representam 110,5 milhões de pessoas com mais de 18 anos nas cinco regiões geográficas.
Em 2021, quando a modalidade foi incluída nas Olimpíadas de Tóquio, as três medalhas dos atletas brasileiros no skate estimularam o consumo de produtos relacionados ao esporte e a procura nas plataformas de busca pela palavra “skate” aumentou 600%. Mas como toda prática esportiva, as lesões fazem parte. Segundo o estudo “Perfil das lesões em praticantes de skate”, feito pela Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 76% dos atletas entrevistados já relataram ter sofrido algum tipo de lesão.
As quedas são as ocorrências mais comuns e integram a rotina tanto de atletas profissionais quanto de iniciantes no esporte. O cotovelo, por exemplo, está entre as partes mais atingidas, como ocorreu recentemente, em abril, com o dono do time de futebol do Botafogo, John Textor. Praticante da modalidade há anos, ele teve que passar por cirurgia para corrigir uma fratura no cotovelo.
O cotovelo é uma área frequentemente exposta a impactos durante manobras, quedas e acidentes. Essas lesões podem variar em gravidade, desde pequenos cortes e contusões até fraturas mais sérias, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos. “Os skatistas muitas vezes caem sobre os cotovelos ao tentar executar truques ou ao perder o equilíbrio durante a prática. Isso pode resultar em lesões na pele, hematomas, luxações ou até mesmo fraturas dos ossos do cotovelo, como o úmero, o rádio e/ou ulna”, fala o ortopedista.
O mesmo pode ocorrer com os ombros, também muito exigidos durante as manobras para garantir o equilíbrio e proteção de quedas. “As luxações (deslocamento articular) e fraturas são as lesões mais graves, que exigem atendimento correto emergencial”, destaca o especialista. Rupturas traumáticas do manguito rotador podem ocorrem, mas são mais frequentes no caso de quedas nos praticantes de mais idade (acima de 50 anos).
Prevenção
Para prevenir lesões, os skatistas devem usar equipamentos adequados, como protetores de ombro e cotoveleiras. Também é importante praticar técnicas de queda segura e fortalecer os músculos do braço, incluindo o ombro, por meio de exercícios específicos.
Em caso de lesões, é fundamental procurar atendimento médico para avaliação e tratamento adequados. O tratamento pode incluir repouso, imobilização, fisioterapia ou até mesmo cirurgia, dependendo da gravidade. “O acompanhamento médico adequado pode ajudar a garantir uma recuperação completa e reduzir o risco de complicações a longo prazo”, conclui o presidente da SBCOC.
Performance de atletas brasileiros e Jogos Olímpicos impulsionam aumento de adeptos do skate; além dos ombros, cotovelo é uma das partes mais atingidas nas quedas
Crédito da foto: Divulgação/Freepik
Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo
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Com 35 anos de existência, a SBCOC atua no incentivo e aperfeiçoamento e difusão dos estudos, conhecimentos, pesquisas e prática de cirurgia de ombro e cotovelo, provendo condições de atualização permanente dos médicos por meio de ensino, pesquisa e educação continuada.
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