Entrevista

 

Sandro Reginaldo novo presidente da gestão de 2023 da SBCOC

O ano de 2023 se aproxima, e com isso uma nova gestão na Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Sandro Reginaldo será o responsável por cuidar da SBCOC com toda maestria no próximo ano.

Confira a entrevista com o novo presidente:

1. Presidente, você pode nos contar sua trajetória?

Sou goiano do “pé rachado”! Eu nasci em Goiânia e fui criado aqui. Fiz a faculdade de medicina na Universidade Federal de Goiás (UFG), mas morei alguns anos na cidade de São Paulo, para realizar os cursos de especialização.

Realizei minha residência com o doutor Mário da Paz no Hospital da UFG, e depois fiz a especialização em cirurgia de ombro e cotovelo com o doutor Sérgio Checchia, no Pavilhão Fernandinho Simonsen da Santa Casa de São Paulo.

No ano de 1997, voltei para a minha cidade e completei aqui a especialização com o doutor Ruy Rocha, um dos 24 fundadores da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo. Ele foi responsável por montar um dos primeiros ambulatórios de ombro no Brasil.

Desde que voltei para Goiânia no final do ano de 1997, comecei a atuar junto com a SBCOC.

2. Quais são os projetos para a Sociedade no ano de 2023?

O primeiro projeto é manter as diretorias na Sociedade; apesar de cada presidente dar o seu toque, a gente trabalha sempre em equipe, e acho que este trabalho vem sendo muito bem desenvolvido. Então, a princípio, é manter o que vem sendo feito e , claro, agregar novas coisas.

Acredito que este é o nosso principal desafio, e para mim duas palavras fundamentais são tradição e modernidade. Temos que respeitar a tradição... os nossos primeiros líderes que ainda estão intelectualmente ativos. Mas, ao mesmo tempo, nós temos uma nova geração que possui muita qualidade e muita vontade de trabalhar, e portanto, precisa ter o seu espaço.

Em termos da Sociedade, a ideia é torná-la cada vez mais democrática e mais acessível para os membros que desejam participar no dia a dia. Então, iremos criar novas comissões para dar espaço a todos, visando ampliar a área de atuação da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo.

3. O 8° Closed Meeting será o maior evento da Sociedade em 2023 e pela primeira vez será realizado na região Centro-Oeste do país. Como bom goiano, como você avalia a importância disso dentro da SBCOC?

O Centro-Oeste, por coincidências da vida, está enraizado na História da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo. No ano de 1988, fomos fundados como um comitê durante o Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, e 10 anos depois, em Goiânia, a Sociedade nasceu. Então, acho que de uma maneira ou outra, o Centro-Oeste é a casa da SBCOC.

A ideia de fazer o 8° Closed Meeting em Brasília tem toda essa pegada histórica. Vamos voltar para casa e ainda, completar os 35 anos da Sociedade onde nascemos e crescemos. Além disso, também há a questão logística que favorece muito, com voos diretos de praticamente todas as capitais do país.

4. Durante os últimos anos, observamos com muita satisfação a descentralização dos eventos da SBCOC, fato que destacou bastante o trabalho das nossas regionais. Como pretende dar continuidade a essa tendência?

Essa descentralização nos eventos é fundamental e a diretoria segue com uma leitura muito clara sobre isso. É muito importante que a SBCOC vá até as cidades dos associados e trabalhe em parceria com as regionais.

Os cursos itinerantes vão continuar e serão ampliados. Queremos cada vez mais aperfeiçoar essa questão, porque é um momento de contato direto com os associados. Além do que, geralmente, são encontros muito agradáveis e produtivos.

5. Em um país que ainda sofre efeitos diversos e incertezas da pandemia de COVID-19, quais são os grandes desafios na nova gestão?

São diversos os desafios para a nova gestão. Não apenas a questão da COVID-19, mas também questões políticas e econômicas. Estamos pensando em maneiras de transformar a Sociedade sustentável para o futuro e encontrando uma fórmula de manter os associados sem onerá-los.

Mas, principalmente, é fundamental manter a Sociedade coesa, sem brigas e disputas, com uma convivência fraterna entre os associados e com a SBCOC presente no dia a dia dos membros e dos pacientes. O objetivo final é que o nosso paciente seja sempre bem atendido e tratado.

Acredito ser um desafio grande do ponto de vista filosófico manter a Sociedade em progressão e do ponto de vista econômico em mantê-la de pé e forte.

6. Se puder resumir em uma frase a filosofia da sua gestão que será iniciada em breve, qual seria?

Tradição, modernidade e fraternidade. Acredito que temos que manter as nossas raízes fortalecidas, mas também olhar para o futuro e principalmente, buscar um ambiente fraterno entre os nossos associados, para termos cada vez mais prazer de estar convivendo no ambiente SBCOC.

Por: Fabio Brandão